sexta-feira, 9 de maio de 2008


Brasília - O Brasil já não importa mais CFCs, os gases que destroem a camada de ozônio utilizados até pouco tempo em aparelhos como geladeiras e condicionadores de ar. Além disso, esses gases devem ser completamente eliminados até 2009, segundo informações da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade de Vida do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Hoje, a gente usa o CFC só para fins médicos, aquelas bombinhas de asmático, os inaladores, e mesmo assim até 2009, no máximo até 2010, isso também vai ser abandonado”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Departamento de Mudanças Climáticas, Ruy de Góes.Ele explica que o Brasil adiantou em três anos o prazo estipulado pelo protocolo, negociando com a indústria um calendário para a produção somente de aparelhos sem CFC. “O que a gente usa hoje de CFC no Brasil é só para manutenção dos equipamentos velhos, e mesmo assim o que se usa é o CFC reciclado”, diz.“A gente calculou qual foi o efeito desse cronograma que o Brasil adotou, mais rígido do que aquele previsto pelo protocolo, e com isso a gente conseguiu economizar a emissão de [gás CFC equivalente a] cerca 360 milhões de toneladas de CO2”. Segundo o diretor, os gases CFCs, além de prejudicar a camada de ozônio, tem um poder de aquecimento global quase 11 mil vezes maior do que o gás carbônico. Dessa forma, não utilizar os CFCs também contribui para diminuir o efeito estufa, que causa o aquecimento do planeta.

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